domingo, setembro 12, 2004

Sem Bandeiras

Sem bandeiras,

nem hinos, nem credos.

Sem verdades,

mas sem dúvidas insolúveis.

Sem pensar demais

sem sentir demais

nem arruinar-me.

Tudo simplesmente.

Mesmo na eterna complicação da vida.

É como eu gostaria,

e eu gostaria

e eu gostaria

demais.

Mas no mudo rolar das engrenagens

bem lubrificadas

engraxadas

as bandeiras, os hinos, os credos

as verdades tolas, todas,

pensando demais,

sentindo demais,

arruino-me, simplesmente, complicado

na eterna simplificação da vida.

Não é como eu gostaria

e eu gostaria,

e eu gostaria,

demais.



*Sem Bandeiras, um pequeno livro de poesias de inspiração libertária e humanista, publicado em 1981. Delineamentos de uma política libertária é, em forma poética, o esboço do que seria (ou será?) uma análise mais detalhada dos fundamentos de uma política libertária.
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